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#Livrenha Métrica de Colleen Hoover


Em Métrica, o primeiro livro da trilogia Slammed, conhecemos Layken, uma jovem de dezoito anos que acabou de perder o pai. E se isso já não fosse ruim o suficiente sua mãe ainda a está obrigando a se mudar, deixando sua escola, seus amigos e a casa aonde cresceu e passou toda a sua vida para trás. Mas sua vida começa a melhorar quando seu irmão mais novo faz amizade com o irmão do vizinho. Will é um bonito um rapaz de 21 apaixonado por poesia por quem Layken sente-se imediatamente atraída. E a atração é reciproca. Mas talvez a vida não esteja disposta a deixar que esse romance aconteça assim tão fácil.

Olha, eu vou ser sincera: faz algum tempo que eu li esse livro. Nove meses, mais precisamente. Então pode ser que eu tenha esquecido alguns detalhes, mas acho que eu lembro o principal e ainda tive bastante tempo para consolidar minha opinião. Então vamos lá.

Começando pelo casal de protagonistas, Lake e Will. Eu detestei os dois. Ok, talvez detestar seja muito forte. Em 85 % do tempo eu simplesmente estava nem aí para eles. Em 10 % eu estava com raiva e nos 5% restantes eu estava revirando os olhos para as burrices deles. E é fato que os dois não funcionaram como casal. Em nenhum momento eu me importei com o drama deles e se eu cheguei a torcer para que eles ficassem juntos foi só porque eu queria que isso acabasse logo.

E se os dois não funcionaram juntos, também não funcionaram separados. Will praticamente não tem história acontecendo além do conflito com Layken e a família dela. E Layken até tem história, mas quando ela não está com Will consegue ser mais chata ainda. Acho que eu nunca vi uma protagonista mais insipida. Há protagonistas que eu odeio, como a Zoey de House of Night e a Ever de Imortais, mas Lake é tão qualquer-coisa que ela poderia morrer e o máximo que eu faria é dar um sorrisinho de canto.

Mas calma, Métrica não é um desastre total. Há três coisas nele que eu gostei e que merecem destaque. A primeira foi os coadjuvantes. Apesar de nenhum deles contar com um ótimo trabalho de desenvolvimento, pelo menos eles atraem mais simpatia do que os protagonistas. Eu gostei da Eddie, a melhor amiga da Lake, mesmo que a amizade do tipo amigas-desde-o-berçário com a Lake tenha surgido meio que do nada. Aliás, esse é um dos maiores problemas do livro: a autora parece não saber como desenvolver relacionamentos. Todos eles pareceram muito superficiais para mim. Enfim. Também gostei da mãe da Lake e achei os irmãos mais novos de Lake e Will muito fofos e a amizade deles foi talvez o relacionamento que me pareceu mais tangível do livro inteiro.

Outra coisa que eu gostei foi o slam. Eu não conhecia esse estilo antes então não acho que seja hábil para julgar o que é um slam bom ou ruim, mas para mim eles funcionaram. Foram os únicos momentos em que eu pude sentir algum sentimento na estória e que fizeram alguma coisa em mim se remexer. Talvez a autora tenha se empenhado tanto neles que tenha esquecido de trabalhar mais nos personagens. Ou ela pode ter pensado que os slams seriam suficientes para demonstrar a profundidade deles. Não foi. Uma pena.

A terceira coisa que eu gostei foi uma certa cena que envolvia balões. Foi um pouco clichê e muito melodramática, mas eu gostei e pronto. Quatro estrelas e meia pra cena dos balões.

Agora voltando ao que eu não gostei. Como eu disse, os momentos de recital de slams foram as únicas partes que eu senti algum sentimento. E isso foi muito ruim porque aconteceram coisas bem tristes nesse livro. E se você não consegue transmitir tristeza dos personagens quando coisas tristes acontecem, então há alguma coisa errada. Alguns podem até dizer que era para isso que o slam servia nesse livro, mas aí eu repito: não foi o suficiente.

Resumindo, Métrica é um livro com muitos problemas e algumas coisas boas. Achei muito meh para me interessar em ler os dois livros seguintes, Pausa e Essa Garota. Então, não esperem por resenhas do resto da trilogia. Foi mal.

Nota: Dois achocolatados e meio.

Música: não me importei o suficiente para escolher uma música que combinasse, mas cada capitulo começa com um trecho de uma música dos The Avett Brothers, que tanto Will quanto Lake adoram.

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