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#Livrenha Trilogia O Povo Das Árvores de Gillian Summers

  • Débora Souza
  • 16 de mai. de 2015
  • 7 min de leitura

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Keliel - Keelie pros íntimos - acaba de perder a mãe, a quem era muito ligada, e é forçada a sair de Los Angeles para morar com o pai Zekeliel - Zeke mais comumente - numa feira da renascença. Só um minutinho... Zekeliel e Keliel Heartwood.... ZeKELIEL... Heartwood, heart = coração e wood = bosque...

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Como a garota da cidade que era, ela se sente ultrajada com tudo, odeia tudo que tem na feira, e planeja sair de lá o mais rápido possível, até mesmo se fazendo de rebelde para o pai querer se livrar dela. Mas então acidentalmente conhece Sean, um garoto que trabalha na feira como um dos cavaleiros de justa, e logo gama nele. Infelizmente, de brinde veio Elia, uma tocante de harpa metida a besta que faz da vida de Keelie um inferno mais do que ela achava que podia ser naquele lugar. Em compensação conhece Raven, uma garota que trabalhava no herbário da adorável mãe Janice, e de primeira se simpatiza com ela, ganhando uma amiga naquele "lugar esquisito". Também encontrou Randy numa festa, um dos universitarios piratas do festival e Scott, o ajudante de seu pai na marcenaria. De tudo que podia dar errado, quase tudo acontecia. Uma sequência de frustrações só afirmava o desejo de Keelie de voltar pra California - e meu desejo de entender o livro. A menina não queria de jeito nenhum se desapegar das lembranças da sua mãe e odiava o pai por tê-las abandonado, Keelie faria de tudo para seguir os passos que a mãe que tanto amava queria que ela seguisse; queria que Keelie se tornasse uma advogada apesar da filha preferir ser médica, a final ela sempre se identificou mais com as ervas mediciais. Mas isso inplicava na sua "alergia" à madeira também. Só que depois de um tempo na feira, rodeada pela floresta, ela descobriu que não era alergia e sim um dom das fadas - Não é spoiler eu contar, pois está meio óbvio, que Keelie é meio fada. Por parte de pai, dã. Em meio a esse choque de culturas, Keelie passa a apreciar - ou ao menos se acostuma com - o seu dom de sentir e falar com árvores, tentando compreender as verdades que descobrira sobre si mesma e o relacionamento do seus pais, ao mesmo tempo que é perseguida e atacada por um doente do mal, o que chamam de Barrete Vermelho. No início eu não sabia o que pensar sobre a Keelie... Mentira, sabia sim, ela era uma patricinha que me irritava constantemente. Me irritava e ao mesmo tempo me fazia rir com o senso de humor ofensivo e debochado. Mas com o tempo Keelie foi aprendendo a gostar do lugar, e do pai, tornando uma garota... Menos patricinha, aceitável. Além de que teve momentos em que houve contradição e a lerdeza reinou nela; estava tão obvio e ela ainda tinha dúvidas. O personagem que mais gostei foi o pai dela, Zeke, um amorsinho tentando conquistar a filha - além de lindo - porém as vezes meio calmo demais. E Scott, o assistente dele que por implicar com Keelie me fez shipa-los. Porém, não é com ele que Keelie fica, não por enquanto, ela tem uma queda pelo cavaleiro Sean que ...bla bla bla spoiler... aí me fez achar que o romance quase inexistente no livro foi criado rápido demais. Mas tudo pode ser questão de ponto de vista, a final Keelie só tem 15 anos, é aceitável ela ter essas crises de quero-porque-quero e essas paixonites - eu acho.

Não tenho do que reclamar da edição da Bertrand Brasil, já tinha lido outros livros da editora que também me gradaram muito. A capa é linda, e a textura gostosinha - pena só que deixa maca de mão mais rápido e o autorelevo dourado das letras também se desgasta -, só a do segundo livro que fugiu um pouco do padrão mas tudo bem, eu supero. Pra quem gosta de elfos, feiras medievais, e principalmente floresta, é um bom livro, porque - não sei se o clima ajudou, mas - a autora descreveu de um jeito que foi como se eu pudesse sentir o frescor do vento entre as árvores depois da chuva. Maaas, houve alguns momentos que parecia que ela esquecia de descrever algo no ambiente, aí depois de pensarmos em todo o local em que a personagem estava, ela adcionava algo e precisei adaptar o meu espaço mental. No final, apesar das críticas, eu gostei do livro. Me deixou com vontade de continuar a trilogia.

Nota: Algo entre 2 cogumelos e meio, e 3 bhatas.

Música: Feel Again de OneRepublic

Por acaso ou destino - ou magia terrena - , um dia após eu terminar de ler, fui na Saraiva e graças a esses meus olhos atentos, enxerguei dentre milhares de livros os dois próximos da trilogia O Povo Das Árvores. Obviamente os comprei.

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Se tem um gif para definir o que senti nessa parte da história, é esse:

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No segundo volume da trilogia O Povo Da Floresta, Keelie continua com o humor escarnioso de sempre. Mesmo quando um mal assola o festival de Wildewood, e o pior, que age diretamente com os espíritos das árvores. Logo o início afirma a opinião que eu tinha formado de que Keelie é uma patricinha em mutação; ela até pode estar gostando de ficar no meio da mata, mas seu lado californiano ainda está muito bem vivo. Apesar do pouco tempo com o pai, ela logo se afeiçoa a ele e tenta interagir com o lado elfo da vida, agora extremamente ameaçado de extinção.

Keelie notando a diferença de aparência e comportamento entre as árvores de Montanha Alta e Wildewood, acha que algo está errado e vai de encontro com a floresta, mas Zeke a repreende veemente... O que acaba provocando um encontro inesperado: Keelie avista um unicórnio...

“ - Isso tudo é muito surreal - comentou Raven, em voz baixa. - A gente está conversando sobre um drama de Ensino Médio, dirigindo numa estrada que ao mesmo tempo existe e não existe, a caminho do resgate de um unicórnio.”

Pois é, um unicórnio. Depois de ler A Caçadora De Unicórnios, cada vez que leio ou vejo um - internet ok? -, já fico com um pé atrás. Mas eu não soube definir de que lado estava esse unicórnio. Atraída pela magia do animal, Keelie tenta se envolver com ele, mas Zeke continua não permitindo que ela vá para a floresta então, com a desculpa de manter a cabeça da garota ocupada com outros pensamentos, obriga Keelie a trabalhar no festival no meio das férias de verão para pagar uma bota que ela comprou. Nisso, Senhor, altas loucuras acontecem porque ela foi designada como uma faz-tudo - que nem em Um Amor Ao Acaso 😍 - e tudo o que faz é, no mínimo, acidentalmente frustrado. Falando em frustração, Sean não dá nenhum sinal de vida depois que foram para festivais diferentes o que contribui para Keelie afirmar que a vida era injusta com ela, e infelizmente pra mim, Scott... 😭 eu rezei, fiz simpatia, meditei, imaginei mil situações em que ele poderia aparecer, mas nada do garoto dar as caras também.

Entre altos e baixos - mais baixos do que altos - dessa nova vida que Keelie está aprendendo a viver, sua amiga da Califórnia Laurie decide visita-la, o presente e passado de Keelie se chocam, acentuando as diferenças entre a nova e velha Keelie.

As coisas esquentam bastante nesse volume da trilogia, apesar do humor característico, este foi um pouco mais sério, porque o perigo que enfrentaram foi mais sério, então a autora focou mais na solução do problema do que em romance e amizade. Bem, como meu ship foi destruído, destroçado, esmagado, tive que abrir minha mente para as - poucas - novas possibilidades que Keelie encontrou nesse festival, mas até que no final eu fui com a cara do Sean. Enfim, as coisas ficaram um pouco mais tensas, mas as feições do livro anterior permaneceram neste, ou seja, continuou divertido e um dos pontos a favor foi que a contradição sumiu quase por completo.

Nota: 3 picles e meio Musica: infelizmente esse não terá musica, por enquanto não achei nenhuma que combinasse com a temática do livro.

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Ora ora ora, não é que alguém no livro concorda comigo?

“ - Você é mimada, Keliel Heartwood. - comentou de súbito. Um tom vermelho perpassou seus olhos. - Tem um lar. Sua casa vai onde você vai. Passou do amor da mãe para o amor do seu pai. Pense antes de falar. Pense no que os outros podem ter perdido.”

E assim chegamos à conclusão de que este era o objetivo da autora, fazer uma personagem mimada que mudasse conforme o tempo. Enfim, vamos ao que interessa: O terceiro e último livro da trilogia, O Segredo Da Floresta Do Pânico - sempre confundo com pantano -, começou já levemente frustrante em relação ao “amor” de Keelie e Sean. Recebemos a notícia de que Sean teve que escolher dentre ela e reerguer o clã dos elfos puros... Advinha qual ele escolheu. Na tentativa de escapar dessa tristeza, Keelie adentra na floresta e encontra um garoto deitado sob uma árvore. Ela estranha, mas lembra dos elfos falando que muitos humanos teem entrado na floresta. Um fato preocupante para eles, principalmente com a represa que estão construindo. E porquê? Porque a magia que chamam de Pânico, que protege as florestas, estava desaparecendo. Keelie então se vê em mais uma parte do seu drama familiar: tem de aprender a lidar com sua avó, com o preconceito dos outros elfos, com aulas de etiquetas elficas, com o pai tendo que trabalhar mais, com a dupla personalidade do gato Knot, com Alora, com o surgimento de um tio que ela desconhecia a existência, e com o que ela insiste em afirmar que foi traição de Sean noivar-se com Risa. Nisso, espalhou-se a notícia de que haveria um... Se preparem, primeiro foi o unicórnio - aceitável - agora vem o vampiro. Sim. Isso mesmo. Vampiro. Bem, apesar de ter me irritado diversas vezes com Keelie porque ela ficou culpando Sean pelo casamento repentino, eu gostei bastante desse livro porque alguns elementos do segundo e do primeiro se juntaram para dar sentido à história, e... Provavelmente, era para ter havido dois fatores surpresa, mas para mim teve só um, pois o outro já estava meio óbvio. Por incrível que pareça, Elia ficou realmente mais amigável e no geral, umas coisas bem interessantes anconteceram em relação à magia negra e branca. E claro, obviamente o humor permaneceu firmre e forte. Foi um bom desfecho. Poderia ter sido melhor, mas foi bom. Sentirei saudades do Zeke.

Nota: 3 medalhões e meio Música: A Promise That I Keep de Lisa Knapp. Pode não parecer, mas achei um pouco encaixável com o tema geral kk

 
 
 

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